segunda-feira, 3 de maio de 2010

Comentário face ao cartoon: "És ateu? Sou, Graças a Deus"

Na minha opinião, este cartoon demonstra-nos claramente uma contradição, porém não podemos cingir-nos simplesmente ao sentido das palavras, temos de ir para além dessa sua significância.
Pôs-to isto, este individuo poderá ter-se mesmo tornado ateu, por intermédio da demonstração de um Deus como omnipotente e sobretudo inexplicável. E esta inexplicação irá provocar no ser-humano, um duvidar daquilo que é entendido como improvável.
Segundo Nietzsche a religião trata-se de uma enfermidade, uma especie de falsificação de vida, em que a crença em um Deus encobre e suaviza a realidade.
Deste modo, o individuo ateu vale-se da suposta existência de Deus, para afirmar a sua descrença.
Concluindo, ele acredita nessa entidade transcendente para poder negá-la e abdicar do seu poder supremasivo, facto que prova a necessidade que o ser humano tem em apoiar-se em factos que ultrapassam a sua finitude, para atenuar a sua fragilidade face ao mundo que o rodeia.


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